Salvador Malheiro: Continuar a verdadeira coesão em Ovar

13 abr 2017

“Ovar voltou a estar no mapa pelas questões positivas e sobretudo com grande esforço de todos”. É a este trabalho que Salvador Malheiro pretende dar continuidade. O atual presidente da Câmara Municipal de Ovar recandidata-se com uma promessa clara – “apostar muito numa proximidade junto do nosso povo, sobretudo, de implementação de uma verdadeira social-democracia”.

Uma social-democracia da qual são indissociáveis os princípios da sustentabilidade financeira (“temos contas muito corretas na nossa câmara); territorial (“dotar todo o município das mesmas condições”) e social (fazer de Ovar um município mais inclusivo e socialmente mais justo”).

De olhos postos nos desafios do novo ciclo autárquico, Salvador Malheiro descreve a sua candidatura como uma aposta no que é mais característico de Ovar – um povo muito hospitaleiro, com um espírito vareiro muito típico das nossas gentes, com enormes tradições, que merecem ser potenciadas e que têm potenciado muito o município”, desde o Carnaval de Ovar às “procissões quaresmais e mais uma série de riquezas ao nível da gastronomia”, património arquitetónico e religioso.

 

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[P] Que retrato faz hoje da cidade de Ovar?

[R] Em Ovar, temos hoje um território robusto. Um tecido empresarial muito empreendedor, muito tenaz, que conseguiu vencer a crise dos últimos quatro anos de forma extraordinária. Caracteriza-se também por uma série de riquezas naturais, potenciadas ao longo dos últimos tempos – desde logo os nossos 14 quilómetros de costa – com uma grande preocupação com a nossa erosão costeira.

A Câmara Municipal tem estado ao lado das suas pessoas e das suas gentes. E sobretudo para tentar defender essa enorme riqueza natural, muito específica do nosso município de Ovar.

Caracteriza-se também por ter uma ria – a Ria de Aveiro termina em Ovar. E nós temos feito um grande esforço para dignificar esse ex libris do nosso município.

E caracteriza-se também por um povo muito hospitaleiro, com um espírito vareiro muito típico das nossas gentes, com enormes tradições, que merecem ser potenciadas e que têm potenciado muito o município de Ovar. Falo designadamente do nosso Carnaval, do nosso pão-de-ló, das nossas procissões quaresmais e mais uma série de riquezas ao nível da gastronomia, do património arquitetónico, religioso…

O que acontece hoje é que Ovar voltou a estar no mapa pelas questões positivas e sobretudo com grande esforço de todos. Nós fazemos questão de gerir a nossa autarquia, dando importância a todos, desde o mais simples do munícipe até ao principal empreendedor e empregador. Penso que estamos no bom caminho.

A imagem de Ovar hoje não é a mesma que nós tínhamos em 2013. Temos contas muito corretas na nossa câmara, somos gente de contas certas.

Temos feito um enorme investimento para a coesão territorial também, mas nunca descurando essa sustentabilidade económico-financeira decisiva para os tempos que aí vêm.

 

[P] Quais as prioridades que sinalizou?

[R] O nosso plano de ação é um plano de ação simples, que pode ser resumido em cinco grandes eixos estratégicos, que já foram iniciados em 2013.

O primeiro é precisamente fazer do município de Ovar um município mais empregador e empreendedor. É importante termos a noção de que, em 2013, tínhamos uma taxa de desemprego na ordem dos 16%. Neste momento, em Ovar, temos apenas de 8,5%. Mas é um trabalho que merece ser continuado. Enquanto tivermos um desempregado em Ovar não vamos descansar, no sentido de podermos proporcionar as condições mínimas de vida a essas pessoas que, neste momento, vivem momentos menos bons.

O segundo é um eixo transversal a toda a comunidade: o objetivo de fazer de Ovar um município mais inclusivo e socialmente mais justo, muito de acordo com a nossa ideologia social-democrata. Queremos englobar neste eixo ações prioritárias ao nível da saúde, da educação e do desporto, mesmo sabendo que essas são competências que não estão afetas diretamente às autarquias locais.

O terceiro eixo estratégico visa dotar todo o município das mesmas condições. Eliminar assimetrias. Tratar todas as freguesias de forma igual. O município de Ovar não se resume à sua capital, a Ovar, temos outra cidade que é Esmoriz. Mas temos mais seis freguesias que merecem o mesmo tratamento. É importante termos a noção de que, apesar de estarmos hoje em pleno século XXI, temos ainda algumas freguesias que não têm infraestruturas como saneamento básico. A nossa preocupação será precisamente essa: lutar por uma verdadeira coesão territorial.

O quarto eixo estratégico, que já foi iniciado em 2013, mas que merece continuidade porque há muito para ser feito, tem a ver com a atratividade do nosso território. Temos de potenciar as nossas riquezas naturais, aquilo que é específico de Ovar. Não vamos copiar ninguém. Queremos tirar partido da nossa identidade vareira como polo de atração turística, para que venham mais pessoas a Ovar. Para que as pessoas que residem em Ovar se sintam bem. Nesse contexto, vamos apostar muito numa programação cultural arrojada, moderna, com grandes eventos nacionais. Dessa forma, estaremos a dinamizar a nossa economia local, a potenciar o emprego e sobretudo a proporcionar as melhores condições a quem lá vive e a criar o apetite para que os nossos vizinhos venham para Ovar. Não podemos descurar que, neste momento, vivemos num clima muito positivo de concorrência territorial. Queremos afirmar-nos por aquilo que nós somos.

O último eixo é absolutamente decisivo para o futuro, incontornável para quem está preocupado com os desafios de futuro. Tem a ver com a sustentabilidade energética e ambiental. Queremos fazer do município de Ovar um município ainda mais verde, que tem preocupações ao nível da mobilidade suave. Nesse contexto, estamos sobretudo a olhar para a qualidade de vida das pessoas.

O nosso plano de ação é este. Que surge na esteira daquilo que tem vindo a ser feito ao longo destes anos. Como é natural, em quatro anos não conseguimos fazer esta rutura, esta mudança grande de que Ovar já precisava. Que já se nota, mas muito há ainda a ser feito.

 

[P] Que compromisso assume para com os cidadãos?

[R] Um compromisso, sobretudo, de continuidade. De sermos fiéis aos nossos princípios. De sermos fiéis ao nosso plano de ação. Apostar muito numa proximidade junto do nosso povo, sobretudo, de implementação de uma verdadeira social-democracia. Essa social-democracia bonita, em que não apoiamos a subsidiodependência daqueles que mais precisam, mas sobretudo dotar esses mesmos das ferramentas para que eles próprios possam melhorar o seu nível de vida. Esse é o grande compromisso que assumo aqui: dar continuidade ao trabalho, de que temos muito orgulho, que tem vindo a ser feito – tratar todos por igual e apostar verdadeiramente nessa ideologia social-democrata tão bonita, em que queremos sobretudo olhar para aqueles que mais precisam de forma distinta, com uma discriminação positiva.

 

[P] Como trabalhará em Ovar o desafio da coesão?

[R] Aquilo que tem vindo a ser feito em Ovar é precisamente nesse pressuposto. Nós temos uma enorme valia. O Partido Social Democrata tem excelentes autarcas.

Cada vez mais tem gente muito bem-intencionada, muito bem preparada, com as competências adequadas e completamente integrado na sua comunidade, sendo reconhecido pelos seus próximos, pelas competências que tem. Nesse contexto, acho que aquilo que é feito ao nível do poder locar é absolutamente decisivo para o futuro do País.

Se tivermos muitos casos de sucesso, sendo eles à escala de uma freguesia, à escala de um local, à escala de uma câmara municipal, pode ter a certeza de que estamos a contribuir sobremaneira para o sucesso do País. Neste momento, todos os autarcas têm que ter o sentimento de que estamos a viver um novo ciclo. Já acabou o ciclo das infraestruturas básicas – se bem que ainda existem algumas pejas nesse objetivo. Os autarcas da nova geração têm que ser verdadeiros agentes de desenvolvimento social e económico, para potenciar as suas comunidades, fazendo jus à identidade de cada um e não tentado copiar ninguém.

Nesse contexto, se todos nós fizermos isso, preocupados com as nossas pessoas e as nossas gentes, estamos claramente a contribuir para o sucesso do País, da nossa região e dos nossos distritos.

É nesse contexto que encaro a política. Encaro a política da forma mais nobre que existe. Tenho essa sorte de poder estar a gerir uma comunidade que é extraordinária, que tem uma forma de receber ímpar, que tem um espírito vareiro de, de facto, ter um esforço e dedicação, de olhar para o trabalho como única forma de se obter sucesso. Quando assim é, é gratificante.

As pessoas têm que estar motivadas, têm que ter vocação. E nós temos muitos casos de sucesso no PSD e que nem sequer podemos comparar com os outros partidos.

 

[P] Qual a marca da sua candidatura?

[R] Temos apostado muito naquilo que nós somos, verdadeiramente. Na nossa essência. Não queremos ser artificiais. Queremos continuar a ser precisamente aquilo que éramos antes. Diria que a nossa imagem de marca é claramente a proximidade. É o facto de nós tratarmos efetivamente todos por igual. De termos a Câmara Municipal aberta a todas as etnias, a todas as classes sociais. Sempre com um sorriso nos lábios, para tentar encarar cada problema como um desafio. E quando o objetivo principal é melhorar a qualidade de vida das nossas gentes, penso que estamos no bom caminho. Claramente, a proximidade.