PSD disponível para coligação em cerca de 140 concelhos

20 mar 2017

O Partido Social Democrata (PSD) é, até ao momento, um dos partidos com o processo autárquico mais avançado. A Comissão Política Nacional reúne amanhã, terça-feira, prevendo-se que sejam homologados mais de 160 candidatos. Em 308 concelhos, ficam a restar apenas cerca de 40 candidaturas, entre as quais as relativas às Regiões Autónomas dos Açores e da Madeira.

Estamos à frente no ponto de partida, mas o mais importante é que ele constitua um bom prenúncio para o ponto de chegada, em Outubro”, antecipa Carlos Carreiras, coordenador autárquico nacional do partido.

Carlos Carreiras afirma ainda que “é seguro dizer que fizemos o nosso trabalho e que os portugueses terão, da parte do PSD, projetos sérios para avaliar. Por todo o país, pedimos aos nossos militantes para, primeiro, aprofundarem projetos para o seu concelho e, só depois, pensarem em nomes para as listas”.

Esta estratégia revela, segundo o social-democrata, uma preparação metódica do próximo ciclo autárquico e da proposta que o PSD apresentará a votos: “hoje o PSD tem programas, estratégias e equipas para todos os concelhos”. “Isto revela uma forma séria e verdadeiramente social-democrata de fazer política, afirma.

 

Coligações aumentam em 2017

Em 2013, o PSD estabeleceu 94 coligações com o CDS-PP e outros partidos, das quais 87 foram apenas com os centristas. Em 2017, os social-democratas estão disponíveis para estabelecer acordos de coligação com CDS-PP e outros partidos em cerca de 140 concelhos, estão já fechadas com o CDS-PP 99 coligações.

Em 2013, houve quatro cabeças de lista do CDS-PP e, para 2017, estão já fechados seis. Segundo foi avançado pelas estruturas distritais do PSD e do CDS-PP, haverá coligação em dez dos 16 concelhos algarvios (em 2013, a coligação aconteceu em apenas dois concelhos).

De acordo com Carlos Carreiras, “teremos em breve mais de 260 candidaturas homologadas (nenhum partido chegou a este número) e um número de coligações consideravelmente superior ao do último ciclo autárquico”. Acrescenta que “isto revela um esforço de convergência e de união, de obliteração de diferenças e de privilégio de confluências. Tudo resumido: estamos à frente no ponto de partida, mas o mais importante é que ele constitua um bom prenúncio para o ponto de chegada, em Outubro”.

 

Coerência e espírito renovação orientam os trabalhos

 “Sempre dissemos que o nosso objetivo era ter o processo autárquico concluído até 31 de março”, relembra Carlos Carreiras. “Quando anunciámos este prazo, todos disseram que estávamos com um calendário errado, porque demasiado tardio. Pois bem, não só os nossos adversários alteraram os seus calendários, aproximando-se ou até ultrapassando o nosso, como chegamos a este ponto com muito mais trabalho de casa feito”. Para o coordenador autárquico, a estratégia do PSD representa “uma forma coerente de fazer política”. 

Para as eleições autárquicas de 2017, o PSD aposta na renovação e diversificação. Na verdade, “a abertura às forças cívicas e à sociedade foi sempre uma condição indispensável” para o partido, reforça o social-democrata. “Se muitas das nossas candidaturas já são lideradas por novos protagonistas, quando se olhar para as listas no seu todo – para as equipas que são hoje tão decisivas na governação municipal – veremos muitas caras novas”, refere, informando serem pessoas “com vontade de mudar o seu bairro, a sua junta e a sua câmara municipal” e que “não viraram a cara ao combate onde ele é difícil”. Há, por isso, um sentimento de orgulho no PSD por ver esses novos rostos “ostentarem as nossas cores no maior movimento da democracia portuguesa: as eleições autárquicas”.

 

Quem decide são os cidadãos, não os comentadores

Terminado o processo de homologação de candidaturas é, nas palavras de Carlos Carreiras, “tempo de os sociais-democratas baterem a cada porta e conquistarem cada voto para termos uma grande maré laranja em outubro”. Considerando os vários comentários que se têm feito ouvir, o social-democrata é da opinião de que “quem fala assim não conhece o PSD e não conhece a democracia”. Relembra que “já tantas, e tantas vezes, nos quiseram derrotados nos jornais e nas TV e nós, todavia, fomos vencedores nas urnas”. Quem decide os resultados “não são os comentadores, mas os nossos concidadãos, pois sabem bem que estamos a trabalhar para lhes oferecer a escolha de um melhor governo, de um melhor futuro”, reforça.