CGD: Hugo Soares acusa PS, PCP e BE de cinismo na área fiscal

17 mar 2017

“A posição do BE, sobre o encerramento das agências da CGD é o cinismo em estado puro e só a baixa política pode explicar”, diz Hugo Soares, vice-presidente do grupo parlamentar do PSD, no dia em que o Bloco de Esquerda pediu a presença de Mário Centeno, ministro das Finanças, no Parlamento para explicar o “encerramento de agências da Caixa”.

Hugo Soares acusa o Bloco de Esquerda (BE) e o Partido Comunista (PCP) de “sacudir água do capote” nos despedimentos e ainda de institucionalizarem e cumplicidade na fuga fiscal em dezenas de milhões de euros anuais, para a praça financeira do Luxemburgo, resultante de uma emissão de obrigações pela Caixa Geral de Depósitos (CGD).

O Governo não explica as razões de emissão de um empréstimo de 500 milhões de euros – como condição prévia à recapitalização – na praça do Luxemburgo, por norma utilizada para “fugir” às retenções de IRC e IRC em dividendos e ao pagamento de Imposto de Selo. “O que diz o BE e o PC sobre a emissão de 500 ME de obrigações subordinadas numa praça financeira”?, questiona o deputado. “Será que é para fugir às retenções na fonte sobre os dividendos e o pagamento de imposto de selo? O BE e PC legalizaram a fuga de imposto para ‘offshore’?”

“Cinismo em estado puro”, diz o deputado do PSD, a propósito de reação do BE sobre o corte de cerca de 200 agências da Caixa em todo o País, após meses em que andaram a cantar vitória na recapitalização da CGD. “Recusaram a presença de Mário Centeno numa comissão parlamentar para explicar a recapitalização e só agora se deram conta de que o aumento de capital implicava o encerramento de cerca de 200 balcões e o despedimento de 2 200 pessoas? Querem enganar quem?”, questiona o deputado, denunciando a tentativa de descolar de uma responsabilidade assumida a três: Governo, BE e PC.