Rui Rio defende distanciamento entre política e futebol

16 mai 2018

 

Rui Rio condenou, esta quarta-feira, as agressões registadas na Academia Sporting, em Alcochete. “Isto é uma escalada, a que temos vindo a assistir, insuportável”, disse para, logo defender que, “em vez de se intrometer, o poder político deve guardar a devida distância de um setor da sociedade que tem comportamentos altamente reprováveis”. Em declarações em Sófia à margem de reuniões do Partido Popular Europeu (PPE), salientou que os políticos que “aproveitam, muitas vezes, os êxitos do futebol para se promoverem estão a criar dificuldades à resolução deste problema”.

O líder do PSD lembrou que “havia uma certa promiscuidade antigamente”. “No passado o meu exemplo [enquanto autarca no Porto] pode ter sido positivo e acho que se começou a separar um bocadinho”, continuou para, logo, registar que “nos últimos tempos se tem vindo, outra vez, a  verificar uma tendência de querer ganhar popularidade política à custa do futebol”, algo que considera “perigosíssimo”.

Rui Rio foi explícito ao afirmar que “não podemos permitir que um setor da sociedade tenha comportamentos que não são permitidos a outro”. Por isso, insistiu na necessidade de um distanciamento entre o poder político e o desporto, a fim de que se tenha a “força [e autoridade] necessária para poder intervir” quando necessário. E defendeu que “deve ser debatida e consensualizada (entre poder político, clubes de futebol e outras instituições), nomeadamente através do aperfeiçoamento da legislação, uma atitude que acabe” com situações como a ocorrida em Alcochete.

 

Europa tem posição “correta, sensata e equilibrada


Rui Rio manifestou-se “de acordo” com a declaração preparada pelo Partido Popular Europeu (PPE) para a Cimeira UE-Balcãs. Em Sófia, para participar em reuniões do PPE, o Presidente do PSD, referiu, a propósito do Irão, que “teria sido muito melhor renegociar o acordo de uma forma diplomática e pacífica”. Defendeu que a posição europeia é a “correta, sensata e equilibrada”, no que respeita à Paz e ao desenvolvimento económico. Questionado pelos jornalistas a propósito de Trump, disse, ainda, que se deve fazer um “esforço no sentido de evitar que se siga o caminho que tem sido seguido pelos EUA”.