Rui Rio interpreta a intervenção do Presidente da República como um apelo para revitalizar a democracia, pelo que da parte do PSD a “disponibilidade é total”. O Presidente do PSD considera que se há dia para fazer um discurso sobre o regime, é justamente na data em que se comemora a Revolução. “Sempre interpretei o 25 de Abril como um momento de reflexão sobre o regime, mais do que momento para atacar conjunturalmente governo e oposição”, disse.
A necessidade de revitalizar o regime “não significa que o que foi feito em 1976 estava mal”, sublinhou Rui Rio, referindo-se ao ano de aprovação da atual Constituição. “Aquilo que nós temos de fazer – o Presidente da República diz e muito bem – é reforçar a democracia, porque se não a reformarmos o que vai acontecer é a perda da democracia”, alertou.
Da parte do PSD, salienta o Presidente social-democrata, “a disponibilidade é acima de total”, até porque o apelo do Chefe do Estado corrobora os alertas políticos que Rui Rio faz, com coerência, há anos. “Penso que a altura ideal para iniciarmos essa reforma era ontem. Eu pessoalmente tenho feito este alerta há anos: em sessões do 25 de Abril, quando era autarca na Câmara Municipal do Porto, os discursos vão todos nesse sentido”, recordou.
Rui Rio, que participava na sessão solene do 25 de Abril no Parlamento, lembra que a atual Constituição da República já vigora por um período superior à que a antecedeu, considerando normal “que os regimes sofram um desgaste com o tempo”. “A necessidade de olhar para o sistema político e reforçá-lo através de reformas que o adaptem aos novos tempos é absolutamente vital. Caso contrário, como diz e bem o Presidente da República, corremos o risco de cair em discursos demagógicos e populistas, que vão capitalizar o descontentamento e afastamento das pessoas em relação ao regime”, assinalou.
O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, apelou à “capacidade de renovação do sistema político e de resposta dos sistemas sociais, de antecipação de desafios, de prevenção de erros ou omissões”, mas colocou a tónica no “equilíbrio de poderes”, alertando contra “messianismos de um ou de alguns, alegadamente para salvação dos outros”.
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