António Leitão Amaro destacou, esta terça-feira, que Mário Centeno admitiu que a carga fiscal não vai descer. Defendeu, por isso, que o crescimento económico registado não se deve ao um “milagre”, como o ministro “tentou pintar”. Para o PSD, o défice deve ser reduzido, contudo o caminho que se está a seguir é “errado”
“Os portugueses não podem ficar satisfeitos quando, no melhor ano deste Governo”, Portugal é dos países que, na União Europeia, menos cresce, referiu António Leitão Amaro, esta terça-feira, em declarações no Fórum TSF. “A economia portuguesa está a abrandar e é isto que o caminho do Governo nos traz”, apontou.
Realçando que o défice e a dívida devem ser reduzidos, o vice-presidente do Grupo Parlamentar do PSD destaca que o Programa de Estabilidade, apresentado pelo Executivo esta sexta-feira, percorre um “caminho errado”. “O Governo simplesmente não faz reformas em nenhuma das áreas necessárias para a competitividade, produtividade, atração de investimento e poupança”, argumentou. Salientando que PCP e BE apoiam as escolhas feitas, deu o exemplo da carga fiscal como um “dos mais claros” desse.
Segundo afirmou António Leitão Amaro, o Programa de Estabilidade veio confirmar que não haverá redução da carga fiscal. “O PS tinha dito que a ia reduzir”, recordou. Contudo, veio a confirmar-se exatamente o contrário. Os portugueses estão, assim, “a pagar muito mais impostos por causa das escolhas deste Governo”, denunciou, acrescentando ser “inaceitável”.
O social-democrata defendeu que, além de aumentar a carga fiscal, o Executivo escolheu “aumentar a despesa permanente do Estado”, o qual, disse, “é financiado com o esforço das pessoas”. Assim sendo, e visto que “os portugueses têm feito um esforço muito grande”, António Leitão Amaro sublinhou que “era importante que o Governo tivesse ajustado a despesa”, em vez de a aumentar.
“Se aumentou a despesa corrente, cortou na despesa de investimento”, continuou para, logo depois, alertar: “é por causa disto que vemos os serviços públicos a falhar”. António Leitão Amaro salientou que, apesar de os portugueses pagarem “impostos como nunca”, estão a assistir a um “Estado a falhar como nunca”. “Isso é inaceitável”, referiu. Apontando que Mário Centeno admitiu em entrevista que a carga fiscal não vai descer, o vice-presidente da bancada parlamentar destacou que o ministro acabou por confessar que não houve, na economia, “nenhum milagre como tentou pintar”.
Depois de o Presidente do PSD ter desafiado o Executivo a explicar aos portugueses quem são os devedores da banca, António Leitão Amaro referiu que “se os contribuintes são chamados a meter dinheiro para tapar um buraco causado por uma empresa que não pagou dívidas, é da maior justiça e transparência democráticas que seja tornado público”. Frisou, ainda, que “o ministro das Finanças sabe que o PSD fez diversas vezes este pedido” e deu como exemplo uma pergunta regimental entregue na Assembleia da República a este propósito.
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