Castro Almeida: “Se é bom para o País, o PSD deve estar alinhado”

28 fev 2018

 

O PSD está “ativamente ao lado do Governo para que o País possa ganhar o mais possível” no envelope financeiro do próximo quadro comunitário de apoio. Castro Almeida reitera a disponibilidade do Partido Social Democrata para apoiar o Governo na defesa do interesse nacional em Bruxelas, quando forem distribuídas as verbas para o Portugal 2030.

Para o vice-presidente do partido, a participação do PSD na negociação do Portugal 2030 deve ter como “critério principal” o interesse dos portugueses: “Se é bom para o País, o PSD deve estar alinhado com o interesse do País”. Justifica-se, por isso, “que haja este diálogo e a procura de consenso entre o principal partido de oposição e que aspira a ser governo, que é o PSD neste momento”.

Em declarações exclusivas, o coordenador para o tema do próximo quadro comunitário de apoio, apontado por Rui Rio, fala sobre a primeira fase de negociações com o Executivo de António Costa, que espera que esteja concluída até ao verão. Uma fase que consiste “em definir um pacote financeiro”, ou seja, estabelecer “quanto dinheiro virá para Portugal”. Castro Almeida não hesita: “Do lado do PSD, nós vamos ajudar o Governo, dar força ao Governo. Vamos estar ao lado do Governo, para que o Governo possa trazer para Portugal o máximo de fundos europeus. Não temos nenhuma dúvida a este respeito”.

Castro Almeida faz valer as vantagens do apoio social-democrata nas negociações em Bruxelas. É que o PSD integra a família do Partido Popular Europeu, a maior força política no contexto comunitário. “Dá-se até a circunstância de que o coordenador do PPE na comissão de orçamento, que é muito importante, é um deputado português”, acrescenta.

A disponibilidade do PSD é total, nesta primeira fase de negociações do Portugal 2030. O vice-presidente avisa, contudo, que, num segundo momento, “vamos discutir com o Governo as principais prioridades e quanto dinheiro vamos afetar a cada uma” e aí “vamos ter diferenças de opiniões, que vamos procurar consensualizar, aplanar divergências, tentar chegar a acordo”.

 

 

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