O Governo continua sem esclarecer os contornos da eventual entrada da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa no capital do Montepio Geral (banco) e o ministro Vieira da Silva – que assegura a supervisão do único acionista do banco – não tranquiliza os deputados sobre a real situação financeira da mutualista Associação Montepio, a detentora do capital do banco, que terá recusado fornecer dados à Santa Casa da Misericórdia.
O PSD, pela voz da deputada Joana Barata Lopes, questionou, esta quarta-feira, o ministro do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social, sobre os riscos da operação. “A garantia financeira pode estar em causa? Há sinais que devam preocupar-nos? Podemos garantir que as notícias [vindas a público] não põem em causa a solidez do banco?”, perguntou.
A deputada reitera que é imperioso conhecer a situação financeira da Associação Mutualista, dona do Montepio. “As notícias que recebemos não são abonatórias dessa solidez”, alerta Joana Barata Lopes.
Outra questão essencial, frisa a deputada, consiste em saber se a supervisão bancária estará a funcionar. “O Montepio vende produtos da Associação Mutualista sem uma distinção clara face a depósitos. Não está a cumprir plenamente a determinação do Banco de Portugal e os clientes podem ser induzidos em erro”, concretizou Joana Barata Lopes.
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