Governo desistiu de assegurar cuidados de saúde às populações

11 jan 2018

Dia após dia, o Governo revela-se incapaz de garantir cuidados de saúde às populações. Assiste-se à deterioração dos cuidados de saúde no Hospital Distrital de Santarém, à degradação do edifício da Extensão de Vieira de Leiria (Marinha Grande) e à falta de médicos em Parceiros (Leiria). São três casos que mostram a incompetência do ministro Adalberto Campos Fernandes.

Em Santarém, os deputados do PSD denunciam as fragilidades na prestação de cuidados de saúde no Hospital Distrital de Santarém (HDS). “O arrastar do processo de investimento na reabilitação do bloco operatório do HDS é por todos conhecido, apesar da verba necessária estar disponível e cabimentada desde 2015, mas as mais recentes declarações da Ordem dos Médicos agudizaram a preocupação geral e a confiança dos utentes deste hospital”, alertam os deputados.

Esta unidade hospitalar depara-se com a “redução de condições materiais e operacionais para a prestação de serviços de qualidade”. O mais recente episódio refere-se à inoperância do sistema informático do hospital que sente, ainda, a falta de contratação de médicos especialistas, enfermeiros e técnicos de diagnóstico.

Na freguesia de Vieira de Leiria, concelho da Marinha Grande, além da carência de clínicos, a Extensão de Saúde local encontra-se num estado avançado de degradação. O Ministério da Saúde teima em não solucionar os problemas de infiltração e de conservação do telhado. Vieira de Leiria tem dificuldades em atrair médicos e especialistas.

Finalmente, na Extensão de Saúde de Parceiros, no concelho de Leiria, apenas uma parte dos de 5.700 habitantes tem acesso a cuidados de saúde básicos. Os deputados do PSD recordam que o serviço está a ser assegurado por uma médica de família, quando a unidade aguarda, há mais de dois anos, pela contratação de um novo clínico. “Quantos médicos de Medicina Geral e Familiar considera o Governo que estão em falta na Extensão de Saúde de Parceiros?”, interrogam.

O PSD lamenta que a tutela não tenha avançado com a contratação do “tão esperado terceiro médico”. No início do ano passado, foi entregue um abaixo-assinado com mais de 1400 assinaturas, a denunciar o problema. Até agora, o Ministério persiste em não dar qualquer resposta.