PSD DENUNCIA: “A situação do Serviço Nacional de Saúde é grave”. É o “caos”

10 jan 2018

A situação é grave, exigimos respostas”, referiu esta quarta-feira Ricardo Baptista Leite, deputado e médico, após criticar o PCP por, num momento em que o Serviço Nacional de Saúde (SNS) revela dificuldades, agendar um debate a propósito das parcerias público-privadas (PPP). Destacou, assim, a “incompetência de quem governa” e a “cegueira ideológica de quem os apoia”.

Volvidos mais de dois anos de governação do PS, o balanço na Saúde é francamente negativo”, referiu o deputado. Baptista Leite apontou a “ausência de políticas de saúde pública”, os “doentes confrontados com um SNS incapaz de responder às necessidades”, os “profissionais esgotados, sem condições para trabalhar e revoltados perante a falta de reconhecimento por parte da tutela”.

Ricardo Baptista Leite evocou os “7 mil doentes oncológicos que, em 2016, foram tratados além do prazo legal” e, por isso, “tarde demais”. Argumentando que este Executivo promete mas não cumpre, recordou os “doentes infetados com a bactéria da legionella num hospital de gestão pública”. Referiu-se à existência de um tratamento para a Hepatice C, para o qual “há casos de espera superiores a um ano”. Numa clara crítica ao PCP, abordou a promessa de 35 horas semanais e os contratos para todos os funcionários que “continuam a ser uma miragem”.

 

É o descalabro, o salve-se quem puder

O SNS está em rutura”, destacou o social-democrata, recordando avisos da Ordem dos Médicos (que nos últimos dias tem alertado para o facto de os “planos de contingência da gripe serem insuficientes e assentes em fórmulas erradas”) e da Ordem dos Enfermeiros (que “tem denunciado a falta” de profissionais).

O deputado denunciou que “foi este Governo que mais médicos pôs no desemprego, impedindo que tivessem acesso à formação específica” e revelou que há cada vez mais médicos a assinarem os pedidos de exclusão de responsabilidade disciplinar. Segundo relata, há “caos”, “falta de condições” e, por isso, a situação atual é grave. “É o descalabro, o salve-se quem puder”, reforçou.

Na sequência de declarações de António Costa no debate quinzenal desta terça-feira, Ricardo Baptista Leite afirmou que “a maioria que governa assume, depois de ter aprovado o maior desinvestimento na Saúde da última década, que nada vai mudar”. Concluiu, assim, que “deste Governo não podemos esperar nada”.

Ainda sobre as PPC, o social-democrata disse que em Braga “acabaram com o acesso ao tratamento dos doentes com VIH”. “Depois da votação do Orçamento do Estado, o que o ministro fez, na obscuridade do seu gabinete, foi prorrogar o contrato de Cascais além do término do mandato do Governo”, denunciou ainda.