Ilha Graciosa: Ministro chamado a explicar “orientações superiores” em esquadra da PSP

05 dez 2017

É absolutamente inaceitável sonegar informação a um órgão de soberania, aos deputados da Assembleia da República”, salientou Berta Cabral, depois de a mesma ter sido negada aos deputados do PSD eleitos pelos Açores, quando tentaram visitar a esquadra da PSP na ilha Graciosa.

A deputada social-democrata manifestou o seu “protesto” e esclareceu que “isto faz lembrar a lei da rolha”. Segundo apontou, não lhes foram prestados os esclarecimentos necessários por parte “de um serviço que depende diretamente da República”. Assim, informou que o PSD vai “chamar o ministro da Administração Interna à comissão para perguntar se isto são instruções do ministro e se são instruções genéricas para todo o País”. Lembrou que é a primeira vez que uma situação destas acontece, pelo que importa averiguar se se trata “de uma nova postura de pouca transparência”.

Os deputados foram recebidos pelo comandante da esquadra em causa. Foi-lhes, contudo, comunicada a existência de “orientações superiores que tinha de cumprir”. “Naturalmente, não quisemos que ele não cumprisse”, assinalou, reforçando que importa, agora, perceber “o que se passa”.

Esta visita tinha como objetivo obter informações “estatísticas”, assim como “relativas aos meios, recursos humanos e materiais que a PSP tem nesta ilha”, explicou Berta Cabral. Recorde-se que, em maio, o PSD questionou o Governo sobre a falta de efetivo da PSP nos Açores e, em concreto, na ilha Graciosa.