Eurogrupo: Portugal “está, agora, ainda mais comprometido com as regras europeias”

04 dez 2017

Não é possível presidir ao Eurogrupo e, depois, prevaricar dentro de casa”, defendeu esta segunda-feira Duarte Pacheco na sequência da eleição de Mário Centeno, acrescentando tratar-se de “um cargo relevante na construção europeia”.

Segundo o social-democrata, “isto significa um aumento da responsabilidade de Portugal que está, agora, ainda mais comprometido com as regras europeias”. Para o País, esta eleição representa “uma garantia de que as políticas de rigor e consolidação orçamental não vacilarão e continuarão no rumo que foi iniciado em 2011”. Salientou, por isso, todo o trajeto desenvolvido desde então e que permitiu “a Portugal ganhar credibilidade para que hoje um compatriota nosso possa presidir ao Eurogrupo”.

Houve muito trabalho feito, muitos sacrifícios de todos os portugueses, para que hoje se pudesse chegar a este ponto”, afirmou o deputado. “Sempre dissemos que o compromisso com as metas europeias era demasiado importante”, salientou. “Se o País respeitasse e alcançasse as metas, com que estava comprometido, ganhava credibilidade, conseguia financiar-se nos mercados a um juro mais baixo e significava, portanto, que tínhamos menos custos e isso era bom para todos os portugueses”.

Duarte Pacheco recordou, ainda, que apesar dos alertas do PSD, o ministro das Finanças “sempre recusou” em admitir o recurso a medidas extraordinárias para cumprir as metas. “Mas a verdade é que quando veio a Conta Geral do Estado de 2016, percebemos que as cativações tinham sido o dobro das ocorridas no ano anterior ou que o investimento público tinha caído para valores inferiores ao dos anos da troika”, disse.

Esperamos que a política da consolidação das contas públicas possa prosseguir”, acrescentou, frisando que a responsabilidade do País é, agora, “acrescida” e que o ministro das Finanças português será o “guardião das regras europeias”.