“O PSD é um pilar de estabilidade e construção de futuro”

04 out 2017

Pedro Passos Coelho anunciou ao Conselho Nacional do PSD, esta terça-feira, que tomou a decisão de não se recandidatar à presidência da comissão política nacional do PSD.

Num discurso fortemente aplaudido, o presidente social-democrata relembrou os ideais pelos quais sempre lutou, tendo em vista, sempre, o interesse de Portugal e dos portugueses.

Convicto das suas ideias, das quais nunca desistirá, Pedro Passos Coelho relembrou que sempre “lutou por uma sociedade forte e aberta, cá dentro e ao exterior. Por uma sociedade autónoma do Estado e dos pequenos e grandes poderes. Lutei sempre por um poder político responsável a e transparente. Por uma economia competitiva, autónoma e responsável. Lutei para que as finanças públicas fossem responsáveis. Pelo sentido de exigência, disciplina e rigor. Por um espírito solidário que busca a justiça social. Não deixarei de lutar por elas. Continuarei a lutar pelo meu País e pelo meu partido. Mas gostaria muito de dizer que não ficarei a rondar”.

A decisão, tal como o líder do PSD referiu, foi “lúcida e não como resultado de uma conveniência. Espero que, gostando ou não da decisão, que a possam respeitar e que me ajudem a tornar esta decisão num reinício cheio de força para o PSD, para o que o PSD precisa de fazer nos próximos dois anos”.

Sempre ao serviço dos portugueses, mas também do PSD, o presidente partilhou que “se permanecesse vitorioso à frente do PSD como líder, em vez de estar a construir uma alternativa de Governo, estaria em permanência a combater o preconceito e ideia feita de que estava agarrado ao poder e a resistir a ceder o lugar. Já dei provas de que a minha obstinação não é com os lugares. Fui obstinado ao não me demitir do governo quando achei que tal colocaria o País em risco. Ficar seria oferecer, com facilidade, a caricatura de que estamos agarrados ao poder interno, explorando a gratidão por resultados passados”.

Para futuro, é preciso encontrar um “caminho diferente e a nossa ação política tem de ser ambiciosa e o País precisa dela. Não estou em condições de oferecer essa perspetiva”. O PSD é um grande partido, em Portugal e na Europa, e é um “pilar de estabilidade e construção de futuro”.

Perante os conselheiros nacionais, concluiu dizendo que deseja “o melhor para o meu partido e para o meu País. Quaisquer que sejam os protagonistas sabem que podem contar com a minha lealdade.