Greve dos enfermeiros: PSD espera que “seja possível encontrar uma solução”

11 set 2017

Este não é um problema novo”, disse Pedro Passos Coelho a propósito da greve dos enfermeiros que afeta o País e pode estar a indicar “um certo desgaste, que a própria equipa do Ministério da Saúde vai registando, nas negociações”. Tal como salientou, “começam a aparecer muitos sinais de crispação e de conflitualidade em alguns setores sociais”. Se tem sido possível encontrar entendimentos como aconteceu com o Serviço de Estrangeiros e Fronteiras, disse esperar que, também neste caso, seja possível uma solução.

De acordo com o líder social-democrata, em causa estão “pretensões antigas que mais dia, menos dia terão de ter uma solução num quadro negocial com o Governo”, até porque “a ideia que fica é a de que há expectativas que vão sendo criadas e que, depois, não são cumpridas”.

Destacando não conhecer esta matéria em detalhe, Pedro Passos Coelho confirmou esperar “que seja possível encontrar uma solução para este problema, de modo a que haja menor prejuízo possível para o funcionamento dos nossos hospitais e que, neste caso, afeta os blocos de parto”.

 

Tancos: “é tudo mau demais

Questionado pelos jornalistas sobre as declarações do ministro da Defesa a propósito de Tancos, o Presidente do PSD voltou a afirmar que o PSD, “por uma questão de princípio, não pede a demissão de nenhum membro do Governo”. Segundo destacou, trata-se de “uma matéria que é da competência do chefe do Governo”, pois cabe-lhe perceber “qual é a altura indicada para substituir alguém dentro da sua equipa”. Admitiu, contudo, “que há, manifestamente membros do Governo que acusam um desgaste político muito grande”.

A conferência de imprensa que este domingo teve lugar na sede do PSD, foi “justamente” para “chamar a atenção para o enorme desnorte que o Governo tem evidenciado” em matéria da Defesa. “Gostaríamos que isso não acontecesse”, considerou, afirmando que seria desejável “que os membros do Governo pudessem aparecer a trazer uma palavra de esclarecimento e de alguma segurança relativamente àquele que é o papel do Estado e não lançar mais dúvidas e mais perplexidade quer na comunidade nacional, quer nos nossos parceiros internacionais”.

Cabe, pois ao Executivo e tal como referiu o líder do maior partido da oposição, “tornar a sua intervenção mais confiável, mais segura, mais esclarecida para que, passados tantos meses, não haja esta situação caricata que é a de o ministro aparecer em público como que a lavar as mãos do que se está a passar”. Para Pedro Passos Coelho, “é tudo mau demais”. Desejável seria que quem governa “procedesse de outra maneira”.