PSD DENUNCIA: apoio a 500 pessoas em risco por atrasos nos pagamentos

08 set 2017

A Cercimor, uma cooperativa de solidariedade no Alentejo, corre grave risco de fechar as portas, com o Estado a atrasar pagamentos no montante total de 350 mil euros para o respetivo Centro de Reabilitação e Formação Profissional. O PSD pediu esclarecimentos ao Ministro do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social, pressionando o Governo para resolver esta situação.

O Centro de Reabilitação e Formação Profissional, apoia anualmente 147 formandos com deficiência e incapacidade e tem em atraso as referidas verbas – 350 mil euros - com origem no Portugal 2020.

Desde o início deste quadro comunitário, a instituição reestruturou-se para responder às exigências do programa específico POISE, efetuou alterações de procedimentos legais, para que os reembolsos das despesas efetuadas fossem pagas bimestralmente, conforme compromisso assumido. Os reembolsos não aconteceram como previsto e a cooperativa recebe apenas aditamentos com atrasos, em média, de seis meses e cujos valores nunca cobriram a totalidade das despesas pagas.

Neste cenário, a situação financeira da Cercimor agravou-se, chegando agora a um extremo: se os pagamentos do Portugal 2020 não chegarem, a 20 de setembro 2017, não irá conseguir efetuar o pagamento ao Estado (Segurança Social e Finanças). Como consequência, os valores dos Acordos de Cooperação com a Segurança Social não serão financiados no final do mês de setembro, o que poderá levar a cooperativa a encerrar todas as unidades desta instituição.

 O PSD alerta, assim, para esta grave circunstância que, se nada for feito, levará ao encerramento de uma instituição com mais de 40 anos ao serviço da comunidade do Alentejo.

 

Cercimor: unidades apoiam mais de 500 pessoas

A Cercimor tem intervenção nos concelhos de Montemor-o-Novo, Vendas Novas, Mora e Arraiolos, e tem como missão o apoio à deficiência, incapacidade e desvantagem. As suas unidades apoiam mensalmente mais de 500 pessoas e a cooperativa conta com 67 colaboradores nos quadros, 10 voluntários e 10 estagiários, e mais de 80 parcerias efetivas com empresas públicas, privadas e associações de vários concelhos.