Reformas do governo anterior e estímulos externos justificam crescimento da economia

31 ago 2017

 

A economia cresceu 0,3% no segundo trimestre face aos primeiros três meses do ano e o PSD congratulou-se, esta quinta-feira, com o crescimento económico. “A quota de mérito deste Governo é o que resta do que não estragou do que vinha de trás”, esclareceu o deputado Luís Campos Ferreira, chamando, no entanto, à atenção para a necessidade de mais ambição, já que na União Europeia a economia portuguesa está entre as menos dinâmicas, apesar do boom turístico em Portugal. Pese a forte desaceleração da atividade nos últimos meses – face ao aumento de 1% no primeiro trimestre - a economia deverá acelerar face a 2016.

De acordo com o Instituto Nacional de Estatística (INE), a economia cresceu 0,3% em cadeia no seguindo trimestre do ano, o que corresponde a um crescimento homólogo de 2,9%. Para o deputado Luís Campos Ferreira, “há duas fontes” de crescimento que contribuem para a economia, nomeadamente as “bases que o Governo anterior deixou” e que passam por “um conjunto significativo de reformas, na área laboral, na área tributária (IRC), de incentivos e uma atmosfera criada junto do tecido empresarial, para que as empresas se vocacionassem ainda mais para a exportação”.

Luís Campos Ferreira referiu-se, ainda, aos “bons estímulos externos que a economia portuguesa está a ter” como segunda justificação para o crescimento alcançado. Todavia, alertou que o atual Executivo não está a aproveitar “devidamente” a conjuntura internacional positiva, já que, na União Europeia, Portugal é dos países que menos cresceu durante o segundo trimestre deste ano.

"Ao contrário do que foi sempre a teoria deste Governo, de que a economia cresceria com base no consumo interno, tem-se verificado que o crescimento económico de Portugal é fruto daquilo que são os estímulos internacionais, do comércio internacional", explicou ainda.