Capoulas Santos é “revoltante”. PSD propõe aos partidos comissão com técnicos especializados

20 jun 2017

 

Sentimo-nos chocados, revoltados” pelas declarações de Capoulas Santos, ministro da Agricultura tentando responsabilizar o anterior Governo pelos incêndios, e “como tentou desresponsabilizar-se”, declarou hoje Teresa Leal Coelho. “Não temos feito política com estas matérias, vamos continuar com este sentido de responsabilidade”, afirmou a deputada.

O PSD vai propor, aos vários partidos políticos, a criação de uma comissão independente de “qualquer instância de poder político” e constituída por técnicos especializados, com o objetivo de apurar, “com detalhe”, respostas para a situação “trágica” que o País enfrenta desde sábado.

Para o PSD é, cada vez mais evidente, que há respostas que têm de ser conseguidas”, disse Teresa Leal Coelho, referindo-se ao incêndio que afeta, desde sábado, o distrito de Leiria.

 

“É absolutamente necessário prevenir o futuro

Trata-se de “um momento excepcional que exige que possamos todos [os partidos] conjuntamente criar condições para que sejam apuradas as causas”, afirmou. Para Teresa Leal Coelho, “é absolutamente necessário prevenir o futuro” e que “o País seja esclarecido sobre todas as questões”. Não se trata de uma comissão parlamentar, mas de uma entidade independente, frisou. “Esperamos que todos estejam disponíveis para encontrarmos uma solução”, apelou, salientando a “posição cooperante” do PSD nestas matérias.

Sobre as questões dirigidas por António Costa ao Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA), à Autoridade Nacional da Proteção Civil (ANPC) e à Guarda Nacional Republicana (GNR), Teresa Leal Coelho salientou que “ainda bem que o fez”. “São três questões que nós, PSD, colocámos” no âmbito de visita, ontem realizada, à ANPC. “Efetivamente, há um conjunto de contornos que ultrapassam tudo a que assistimos nas últimas décadas em Portugal”, afirmou para reforçar a necessidade de encontrar uma “resposta cabal”.

A social-democrata destacou que o PSD está a acompanhar, “muito atentamente”, e a recolher as informações que chegam “com regularidade e detalhe”. “São circunstâncias dramáticas e trágicas as que assolam o País”, disse, reforçando as palavras de ânimo e de apoio que o PSD tem dirigido a quem está no terreno.

A vice-presidente do PSD lembrou, também, os “momentos difíceis” vividos por todos os envolvidos e, sobretudo, por quem perdeu familiares, amigos e património. “É um momento avassalador para Portugal”, acrescentou, reiterando ser “essencial” que se “aposte, e desse já, na prevenção para evitar consequências ainda mais graves do que as que ocorreram”.